Tipos de taça e o que servir: guia completo para acertar na apresentação das bebidas

Seja para uma noite de vinhos, seja para tomar um drinque, as taças formam grande parte da experiência sensorial com as bebidas. Por isso, é importante conhecer os diferentes modelos, seus formatos e para que servem. Saiba mais a seguir!
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Importância da estrutura das taças
As taças costumam ter estrutura bastante semelhante: a base, o caule – também conhecido como haste – bojo e aro. Cada parte é projetada para acentuar as particularidades das bebidas, sendo responsável por direcionar os aromas ao nariz, controlar e direcionar o fluxo do líquido e manter a sua temperatura ideal.
O aro, por exemplo, age como regulador da concentração dos aromas. Já a haste é essencial para estabilizar a temperatura da bebida. “As taças largas aquecem mais rápido, uma vez que expõem a superfície das bebidas, enquanto as estreitas preservam o frescor”, explica Agilson Gavioli, docente da área de Sala Bar do Senac São Paulo.
Existe um tipo de taça ideal para cada tinho de vinho: tinto, branco ou rosé
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Ainda, taças maiores retêm mais os aromas, evidenciando a qualidade olfativa do conteúdo. O uso da peça errada, portanto, vai muito além da estética, mascarando aromas, sabores e podendo até comprometer a experiência de degustação.
Atenção ao material da taça
O material das taças também tem papel crucial. A transparência é fundamental, uma vez que permite a visualização adequada da bebida e incorpora leveza.
O vidro é o material mais comum e se destaca pela sua durabilidade, resistência e adaptabilidade. É o mais acessível em comparação às opções de cristal. Porém, tem desvantagens para a degustação, como seu menor brilho, bordas grossas e pouca liberação de aromas.
As taças e os copos de drinques devem ser sempre transparentes para proporcionar melhor experiência sensorial na degustação
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Frágil e delicado, o cristal é mais indicado para degustações sofisticadas e drinques. “É considerado ideal devido à sua transparência, brilho, borda equilibrada, porosidade, peso e equilíbrio”, indica Felipe Rodrigo Soares, mixologista e docente do UniSenac – Campus Porto Alegre.
As taças de plástico, metal, acrílico e cerâmica não são recomendadas, especialmente para a degustação de vinhos e espumantes. Estas podem alterar o sabor, além de impedirem a visualização da bebida. Ademais, podem criar microssulcos que retêm sujidades, odores e contaminação.
A seguir, montamos um guia de tipos dos tipos de taças e o que servir em cada uma. Confira:
Taças para vinhos
As taças de vinhos devem ser escolhidas com base nas características do produto: para vinhos tintos encorpados – como Cabernet Sauvignon, Merlot e Malbec – a tradicional taça Bordeaux é a pedida certa. Esta se caracteriza, principalmente, pelo bojo grande, oval e com boca fechada, além de haste longa.
O bojo permite maior oxigenação do vinho, possibilitando a liberação de todas suas notas aromáticas diretamente ao nariz, além de concentrar o fluxo da bebida para o centro da língua.
A taça Bordeaux é a mais indicada para a degustação de vinhos tintos
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Já para vinhos mais delicados e aromáticos, opte pela taça Borgonha, com bojo ainda maior e mais arredondado – semelhante a um balão. “O bojo extra grande oferece uma área de superfície máxima para que estes [os vinhos] interajam com o ar e desenvolvam seu bouquet completo”, diz Felipe. Nesse sentido, a taça Barolo também é recomendada.
Já para vinhos delicados e aromáticos, a taça Borgonha é a mais indicada, garantindo o desenvolvimento aromático da bebida
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Para brancos e rosés, a taça de Vinho Branco é ideal devido ao seu bojo menor e estreito, projetado para manter a temperatura baixa e minimizar a oxigenação da bebida.
A taça de Vinho Branco é recomendada para servir vinhos brancos e rosés, minimizando a oxigenação do conteúdo
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Taças para espumantes
“As taças Flutê são as mais utilizadas, pois permitem evolução das borbulhas de gás carbônico de maneira mais visível e duradoura, devido ao seu formato alongado”, explica o docente Agilson. Também preserva os aromas delicados e as notas frescas e cítricas.
A taça Flutê é clássica para espumantes e champanhes
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Caso vá servir espumantes com maior complexidade, opte pela taça Tulipa que, apesar de semelhante à Flutê, tem um bojo mais largo na parte inferior e boca mais fechada, minimizando o contato com o ar e concentrando os aromas.
Outra opção indicada para espumante é a taça Tulipa, conhecida por concentrar bem os aromas da bebida
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Espumantes também são bem apreciados nas taças Coupe.
Taças para cerveja
Para cervejas, o mais comum e indicado é o clássico copo Weizen, que retém melhor a espuma e realça os sabores do líquido. É recomendado, por exemplo, para cervejas com maior teor de gás carbônico e espuma, como as de trigo.
Para cervejas de trigo ou com alto gás carbônico, o copo Weizen é o mais recomendado
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Outros clássicos são o Pint e o Caldereta, copos cilíndricos com boca mais larga e sem haste, versáteis para uma grande variedade de cervejas.
Outro clássico para a degustação de cervejas é o copo Pint
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Já a taça Goblet, ou Cálice, é boa para cervejas encorpadas, com alto teor alcoólico e presença de aromas, como as belgas. Sua boca larga com bojo arredondado permite melhor apreciação dos aromas, além de permitir goles maiores.
A taça Goblet é mais indicada cervejas encorpadas ou com alto teor alcoólico
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A taça Tulipa também é indicada para as cervejas, especialmente aquelas aromáticas, complexas e mais lupuladas.
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“As cervejas mais leves e de menor complexidade sensorial podem ser apreciadas em taças e copos de perfil mais longo e afilado, como os long drinks e tipo Collins, que irão preservar o frescor”, coloca Agilson.
Outra opção para as cervejas são as clássicas canecas
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Por fim, para cervejas com teor alto de malte ou menos carbonatadas, sirva em copos mais largos ou canecos.
Taças para drinques
De Bloody Mary ao Pisco Sour, o tipo de taça irá depender do drinque escolhido. A taça Martini, ou Cocktail, de formato cônico e haste longa, é mais usada para coquetéis servidos sem gelo, como Dry Martini, Manhattan e Cosmopolitan.
A taça Martini é ideal para drinques sem gelo, como o clássico Martini e o Cosmopolitan
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A taça Coupe, com bojo raso e largo, é indicada para coquetéis que podem ter ou não bolhas, como Daiquiri, Champagne Cocktail e Sidecar.
Com bojo raso e alongado, a taça Coupe é ideal para drinques como Daiquiri e Sidecar
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O copo Old Fashioned, ou Tumbler, é usado para drinques servidos on the rocks – isto é, com gelo – como Old Fashioned, Negroni, uísques e caipirinha. “O formato largo acomoda cubos grandes de gelo, que derretem lentamente e diluem a bebida de forma controlada”, diz o mixologista Felipe.
Ideal para bebidas servidas com gelo, o copo Old Fashioned é baixo e com base espessa
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Para long drinks e coquetéis com muito gelo e mixers – ingredientes como refrigerante, água tônica e sucos – o mais indicado é o copo Highball, que exibe bem as camadas da bebida. Gin Tônica, Mojito, Vodca Tônica e Cuba Libre podem ser servidas neste modelo.
Para drinques com gelo e mixers, o copo Highball é o mais indicado
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A taça Balloon ou taça de Gin se destaca pelo bojo grande, ideal para drinques como Gin Tônica e Aperol Spritz.
Com bojo grande, a taça Balloon é ideal para drinques como Gin Tônica
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A taça Margarita já deixa explícito no nome: é ideal para servir Margarita, seja frozen, seja clássica.
A taça Margarita é recomendada para o drinque de mesmo nome
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Para coquetéis quentes, como o Irish Coffee, opte pela taça Nevada, que ajuda a manter a bebida aquecida por mais tempo.
Para drinques quentes, como Irish Coffee, a taça Nevada é mais indicada
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