Tons sóbrios e artes brasileiras compõe decoração contemporânea de apartamento

Localizado na Vila Madalena, em São Paulo, o projeto do imóvel valorizou integração, pontos de cor e vista privilegiada No alto da Vila Madalena, onde o horizonte da cidade de São Paulo se descortina em tons de verde e concreto, um apartamento de 127 m² foi transformado em um refúgio contemporâneo que celebra a vista e o tempo vivido.
Assinado pelo arquiteto Cyro Neto (@cyro.arq), o projeto parte da funcionalidade para revelar uma estética delicada e precisa, em que a luz natural atravessa janelões e os espaços se fundem em harmonia.
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LOUNGE | Par de poltronas “Kilim”, de Sergio Rodrigues, na Dpot. Mesas de centro “Dois Irmãos”, de Felipe Rezende, na Mobília Puro. Luminária de piso foi garimpado na Benhur Antiguidades. Composição de plantas feita pelos moradores.
Felco/Divulgação
A planta original, bem resolvida pela construtora, não sofreu alterações estruturais. O projeto se concentrou em aprimorar o uso dos espaços e ajustar a atmosfera ao estilo de vida dos moradores. “A vista era responsável por 50% do projeto, então nossa intenção foi valorizá-la ao máximo, criando ambientes que conversassem com esse cenário natural”, explica Cyro.
BAR | Para embalar boas conversas, mesa Filipa, com cadeiras Raika Plus, ambas da Dunelli. Como apoio ao espaço, a pia recebeu bancada de lâmina Classic Gray, da Diamond Surfaces, na DMX Marmoraria. Os armários baixos são de MDF Cinza Sagrado, da Duratex, executados pela Fehr’s Design Mobiliário. Porcelanato da coleção York, da Portinari
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O maior desafio, segundo o arquiteto, foi conceber uma cozinha completamente integrada à área social, considerando a rotina dinâmica de uma família com criança pequena. “Optamos por uma despensa funcional, com prateleiras abertas e equipamentos acessíveis, sem a necessidade de expor tudo na bancada. Os eletrodomésticos ficaram escondidos atrás da ilha, o que garante praticidade sem comprometer a estética”, destaca.
COZINHA | O tampo da bancada da ilha de quartzito wakanda, executado pela DMX Mármores, chama a atenção no ambiente. Marcenaria executada com folha louro freijó e MDF Cinza Sagrado, da Duratex, pela Fehr’s Design Mobiliário. Banquetas Cascade, da Cremme Design. Coifa modelo Isola, da Crissair
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Com assinatura reconhecida pelo equilíbrio entre funcionalidade e estética, o projeto de Cyro privilegia tons sóbrios, como cinza e madeira escura, pontuados por elementos cromados, inox e preto, presentes nas alvenarias e no guarda-corpo do prédio.
A paleta neutra é quebrada de forma sutil por toques de verde, seja nas plantas, seja em peças de mobiliário, além de detalhes de couro rosado. “Os moradores tinham uma preferência por tons mais fechados, mas sem abrir mão da luminosidade generosa que o janelão oferece”, comenta.
COZINHA | Os eletrodomésticos da Crissair foram embutidas na marcenaria, que conta ainda com nicho aramado, da marca Jomer, executado pela Fehr’s Design Mobiliário, para armazenar frutas e legumes que não ficam na geladeira e precisam de ventilação
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Entre os materiais, destaca-se o tampo de quartzito wakanda, elemento que imprime personalidade à cozinha e à área social. Os painéis de folha natural de louro freijó criam contraste com os tons secos e frios do cinza predominante, aquecendo a composição.
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A decoração foi desenvolvida a partir do zero, com mobiliário e peças escolhidas especialmente para o projeto. Na sala de TV, a poltrona MP-97, de Percival Lafer, de jacarandá e couro verde, adiciona charme e autenticidade, enquanto as mesas de centro quebram a rigidez das linhas retas e neutras com suas formas orgânicas e tons complementares.
SUÍTE | A cama Nord, da Wooding, traz conforto ao ambiente de descanso. Arandela “Lampe de Marseille”, criada por Le Corbusier, na Nemo. O painel que abriga a TV foi feito com folha louro freijó, enquanto os armários com MDF Cinza Sagrado, da Duratex, ambos pela Fehr’s Design Mobiliário
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A curadoria de arte também se destaca, como as composições de Judith Lauand e o trabalho de Carlos Muniz no pilar da sala.
No quarto máster, a marcenaria ganhou cantos curvos, suavizando as formas e criando nuances de luz que reforçam a atmosfera acolhedora do ambiente. “Nosso compromisso foi manter a funcionalidade como ponto de partida, para que a estética fosse consequência de um projeto pensado para ser vivido”, finaliza Cyro.

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