Valéria Almeida reformou seu apartamento para criar ambientes funcionais e apostou em um estilo repleto de personalidade, reflexo de sua trajetória pessoal e profissional A apresentadora e jornalista Valéria Almeida nasceu em Santos, no litoral de São Paulo, mas trabalha na capital há mais de uma década, em que passou anos da sua vida “subindo e descendo” a serra para estar nas gravações de programas da Globo, como Bem Estar e Profissão Repórter. Atualmente, ela comanda o Paulistar.
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Cansada da rotina exaustiva de muitas horas na estrada, Valéria decidiu procurar um lar em São Paulo. Após morar 2 anos de aluguel, comprou um imóvel próprio de 83 m², no bairro Jardim Brasil, na Zona Sul de São Paulo, para morar com o marido Peterson e o enteado Lucas.
RETRATO | Valéria sentada na mesa da varanda do apartamento. Ao fundo, quadro de João Montenegro. Escultura da noiva, de Andréia Andrade
Wesley Diego/Editora Globo
“Quando a gente comprou nosso apartamento, queríamos algo que fosse iluminado, no tamanho ideal para a nossa família. Uma semana após pegar a chave, decretaram a pandemia. Tínhamos começado a reforma e optado por mudar radicalmente o imóvel, porque ele era bem compartimentado”, relembra Valéria à Casa e Jardim, que vistou com exclusividade o apartamento.
Após uma pausa devido à pandemia, a moradora retomou a reforma e fez uma repaginada completa no local. O projeto, realizado pela arquiteta Tamiris Iglesias, do escritório homônimo (@tamirisiglesias), tinha como principal objetivo integrar três espaços: a cozinha, a sala e a varanda gourmet.
SALA INTEGRADA | A decoração tem uma base de tons neutros combinados ao amadeirado natural e a texturas contemporâneas. Mesas e cadeiras da Breton. Quadros de Agostinho Paulo Moura. Marcenaria planejada da Edy Planejados
Wesley Diego/Editora Globo
“Ela queria que os eletrodomésticos ‘desaparecessem’, que as portas se confundissem com painéis e o ambiente ganhasse um ar social, leve e fluido. Isso porque o Peterson, seu marido, ama cozinhar e para eles é um ritual de cuidado. A integração entre a cozinha, o jantar, o estar e o espaço gourmet não era apenas uma escolha estética, mas emocional”, descreve a arquiteta.
Com isso, janelas e vidros que separavam os espaços foram retirados. A varanda foi nivelada com a sala para tornar um único espaço. Ela também removeu o cômodo onde era o antigo escritório e deixou a sala toda aberta.
SALA DE JANTAR E COZINHA | Mesas e cadeiras da Breton. Quadros do São do Agostinho Paulo Moura. Marcenaria planejada da Edy Planejados
Wesley Diego/Editora Globo
“Nessa segunda etapa, a gente abriu a cozinha, deixou também esse espaço integrado e separou a área de serviço, porque ela era uma continuidade e um incômodo para mim”, comenta Valéria.
Para atender aos pedidos da moradora, Tamiris camuflou os elementos tradicionais de uma cozinha, como os eletrodomésticos, armários e utensílios, para que o ambiente se transformasse em uma extensão natural da área social, sem perder a praticidade.
SALA DE JANTAR E DE ESTAR | A área social foi totalmente integrada durante a reforma do apartamento. Mesas e cadeiras da Breton. Quadro de Agostinho Paulo Moura
Wesley Diego/Editora Globo
O maior desafio foi conciliar essa proposta em um espaço compacto, otimizando cada centímetro sem comprometer a estética nem a funcionalidade. Ocultar os itens essenciais exigiu soluções bem planejadas.
“Houve um cuidado especial com os acabamentos, desde os fechamentos de madeira até as bordas da marcenaria, tudo precisava parecer leve, contínuo e delicado, quase invisível aos olhos. A marcenaria teve papel central tanto funcional, quanto compositivo”, acrescenta Tamiris.
QUARTO DO CASAL | Fotografias acima da cabeceira de Valéria Almeida, série UTOMI – Moçambique, 2014. Casal de noivas de cerâmica na mesa de cabeceira da artista Nené Cavalcanti
Wesley Diego/Editora Globo
Além dos eletrodomésticos embutidos, a profissional optou por uma coifa de bancada, justamente para manter a discrição do ambiente. Dessa forma, foram evitados elementos funcionais que chamassem atenção ou criassem interrupções visuais. O resultado foi uma cozinha prática, mas quase invisível, que se funde ao espaço como um todo e reforça a proposta de unidade e fluidez.
“A ideia de nivelar a varanda, deixar o espaço todo integrado, inclusive o revestimento e na estética dos móveis, fez com que o ambiente parecesse maior – ficou mais iluminado. Ficou de um jeito em que a gente consegue integrar todo mundo, recebemos vários amigos. Ficam todos juntos em um ambiente aconchegante e acolhedor”, comenta a moradora.
RETRATO | A área gourmet e a varanda foram integrados com o living. Marcenaria da Edy planejados. Marmoraria da Marmoraria Zildemar
Wesley Diego/Editora Globo
A escolha da paleta de cores partiu de uma base neutra, visando criar um pano de fundo atemporal e elegante. “Buscamos composições que trouxessem calor e equilíbrio. Tons que aquecem visualmente o ambiente sem pesar, criando uma sensação de acolhimento e continuidade entre os espaços”, afirma a arquiteta.
Para valorizar ainda mais a integração, uma das principais soluções foi aplicar à cozinha a mesma paleta de cores, texturas e materiais usados na área social. Quanto aos acabamentos, o off-white com o amadeirado foram um dos principais materiais escolhidos para este projeto, trazendo aconchego, textura e um toque de atemporalidade aos ambientes.
SALA DE ESTAR | Quadro do João Montenegro. Esculturas de mulheres esculpidas em barro, compradas em feiras de arte popular. Escultura da noiva, de Andréia Andrade. Objetos de cerâmica São Francisco, da Nené Cavalcanti. Orixás de Filtro de Café da artista Noemia Gomez. Escultura de cerâmica da Mestra Nicinha Otília
Wesley Diego/Editora Globo
Na hora de compor a decoração, o objetivo era criar um espaço com personalidade, mas que também fosse atemporal e acolhedor.
“Trabalhamos com uma base de tons neutros combinados ao amadeirado natural e a texturas contemporâneas, o que trouxe equilíbrio entre elegância, conforto e leveza. A ideia era que o ambiente transmitisse calma, mas com identidade. Um refúgio visual que atravessa tendências sem perder a sofisticação”, afirma Tamiris.
A decoração também tem itens carregados de brasilidade, muitos deles representando o artesanato nacional e revelando uma curadoria afetiva, que valoriza as raízes culturais. Esses elementos não apenas complementam a estética do projeto, mas também reforçam a personalidade e a essência dos moradores.
SALA | O espaço repleto de memórias afetivas e itens de apego decoram a sala da moradora. Esculturas de cerâmica, “Boneca” e “Boiadeiro”, da artista Maurina Pereira. Noiva, também de cerâmica, da artista Alice Ribeiro. Quadro “Batik”, comprado em Moçambique, de artista desconhecido. Embaixo da mesa, o “Boi Bumbá” de cerâmica, da artista Irailda Capela. Nossa Senhora de cerâmica do artista Joaquim de Tracunhaém. Fotografia ao lado das esculturas tirada por Valéria Almeida, série UTOMI – Moçambique, 2014
Wesley Diego/Editora Globo
Cada peça do seu lar traz significado e história. Alguns quadros são de artistas que admira, outras esculturas foram trazidas de viagens ou presentes afetivos. Há fotografias tiradas pela própria moradora, em Moçambique, que também trazem autenticidade aos espaços. Valéria, que já trabalhou como fotógrafa, hoje leva a prática como um hobby, principalmente durante as suas viagens.
“A nossa decoração foi pensada de uma forma que tivesse muito do afeto que move a nossa vida. Então são elementos que tem a ver com as nossas viagens, com as nossas famílias, são objetos que tem valor afetivo e muitos itens foram sendo trazidos aos poucos”, complementa Valéria.
Em especial, uma pequena máquina de escrever, que era da sua mãe, está guardada há mais de 20 anos e hoje também se tornou parte da casa.
SALA | Obra de Cerâmica “Pedidora de Abraços”, de Yran Palmeira e Emeton Kroll do ateliê Armoriarte. Ao fundo, máquina de escrever Olivetti Lettera 32, que era da mãe de Valéria
Wesley Diego/Editora Globo | Projeto da arquiteta Tamiris Iglesias
A jornalista, que adora contar histórias, considera que o seu lar retrata a melhor delas: a sua própria. Cada canto representa um pouco da personalidade autêntica de Valéria Almeida.
RETRATO | Valéria Almeida na frente do seu “canto do apego” com diversas peças repletas de significados afetivos. Esculturas de cerâmica, Boneca e Boiadeiro, da artista Maurina Pereira. Noiva, também de cerâmica, da artista Alice Ribeiro. Quadro Batik, comprado em Moçambique, de artista desconhecido. Embaixo da mesa, o Boi Bumba de cerâmica, da artista Irailda Capela. Nossa Senhora de cerâmica do artista Joaquim de Tracunhaém. Fotografia ao lado das esculturas tirada por Valéria Almeida, série UTOMI – Moçambique, 2014
Wesley Diego/Editora Globo
“Algo que me deixa feliz é quando as pessoas entram aqui, que me conhecem bem, sempre falam: ‘Nossa, essa casa é sua cara’. Eu acho que eu tenho essa energia de vida, mais solar e, ao mesmo tempo, acolhedora. Essa é uma casa que é para você entrar e querer ficar”, finaliza ela.
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Cansada da rotina exaustiva de muitas horas na estrada, Valéria decidiu procurar um lar em São Paulo. Após morar 2 anos de aluguel, comprou um imóvel próprio de 83 m², no bairro Jardim Brasil, na Zona Sul de São Paulo, para morar com o marido Peterson e o enteado Lucas.
RETRATO | Valéria sentada na mesa da varanda do apartamento. Ao fundo, quadro de João Montenegro. Escultura da noiva, de Andréia Andrade
Wesley Diego/Editora Globo
“Quando a gente comprou nosso apartamento, queríamos algo que fosse iluminado, no tamanho ideal para a nossa família. Uma semana após pegar a chave, decretaram a pandemia. Tínhamos começado a reforma e optado por mudar radicalmente o imóvel, porque ele era bem compartimentado”, relembra Valéria à Casa e Jardim, que vistou com exclusividade o apartamento.
Após uma pausa devido à pandemia, a moradora retomou a reforma e fez uma repaginada completa no local. O projeto, realizado pela arquiteta Tamiris Iglesias, do escritório homônimo (@tamirisiglesias), tinha como principal objetivo integrar três espaços: a cozinha, a sala e a varanda gourmet.
SALA INTEGRADA | A decoração tem uma base de tons neutros combinados ao amadeirado natural e a texturas contemporâneas. Mesas e cadeiras da Breton. Quadros de Agostinho Paulo Moura. Marcenaria planejada da Edy Planejados
Wesley Diego/Editora Globo
“Ela queria que os eletrodomésticos ‘desaparecessem’, que as portas se confundissem com painéis e o ambiente ganhasse um ar social, leve e fluido. Isso porque o Peterson, seu marido, ama cozinhar e para eles é um ritual de cuidado. A integração entre a cozinha, o jantar, o estar e o espaço gourmet não era apenas uma escolha estética, mas emocional”, descreve a arquiteta.
Com isso, janelas e vidros que separavam os espaços foram retirados. A varanda foi nivelada com a sala para tornar um único espaço. Ela também removeu o cômodo onde era o antigo escritório e deixou a sala toda aberta.
SALA DE JANTAR E COZINHA | Mesas e cadeiras da Breton. Quadros do São do Agostinho Paulo Moura. Marcenaria planejada da Edy Planejados
Wesley Diego/Editora Globo
“Nessa segunda etapa, a gente abriu a cozinha, deixou também esse espaço integrado e separou a área de serviço, porque ela era uma continuidade e um incômodo para mim”, comenta Valéria.
Para atender aos pedidos da moradora, Tamiris camuflou os elementos tradicionais de uma cozinha, como os eletrodomésticos, armários e utensílios, para que o ambiente se transformasse em uma extensão natural da área social, sem perder a praticidade.
SALA DE JANTAR E DE ESTAR | A área social foi totalmente integrada durante a reforma do apartamento. Mesas e cadeiras da Breton. Quadro de Agostinho Paulo Moura
Wesley Diego/Editora Globo
O maior desafio foi conciliar essa proposta em um espaço compacto, otimizando cada centímetro sem comprometer a estética nem a funcionalidade. Ocultar os itens essenciais exigiu soluções bem planejadas.
“Houve um cuidado especial com os acabamentos, desde os fechamentos de madeira até as bordas da marcenaria, tudo precisava parecer leve, contínuo e delicado, quase invisível aos olhos. A marcenaria teve papel central tanto funcional, quanto compositivo”, acrescenta Tamiris.
QUARTO DO CASAL | Fotografias acima da cabeceira de Valéria Almeida, série UTOMI – Moçambique, 2014. Casal de noivas de cerâmica na mesa de cabeceira da artista Nené Cavalcanti
Wesley Diego/Editora Globo
Além dos eletrodomésticos embutidos, a profissional optou por uma coifa de bancada, justamente para manter a discrição do ambiente. Dessa forma, foram evitados elementos funcionais que chamassem atenção ou criassem interrupções visuais. O resultado foi uma cozinha prática, mas quase invisível, que se funde ao espaço como um todo e reforça a proposta de unidade e fluidez.
“A ideia de nivelar a varanda, deixar o espaço todo integrado, inclusive o revestimento e na estética dos móveis, fez com que o ambiente parecesse maior – ficou mais iluminado. Ficou de um jeito em que a gente consegue integrar todo mundo, recebemos vários amigos. Ficam todos juntos em um ambiente aconchegante e acolhedor”, comenta a moradora.
RETRATO | A área gourmet e a varanda foram integrados com o living. Marcenaria da Edy planejados. Marmoraria da Marmoraria Zildemar
Wesley Diego/Editora Globo
A escolha da paleta de cores partiu de uma base neutra, visando criar um pano de fundo atemporal e elegante. “Buscamos composições que trouxessem calor e equilíbrio. Tons que aquecem visualmente o ambiente sem pesar, criando uma sensação de acolhimento e continuidade entre os espaços”, afirma a arquiteta.
Para valorizar ainda mais a integração, uma das principais soluções foi aplicar à cozinha a mesma paleta de cores, texturas e materiais usados na área social. Quanto aos acabamentos, o off-white com o amadeirado foram um dos principais materiais escolhidos para este projeto, trazendo aconchego, textura e um toque de atemporalidade aos ambientes.
SALA DE ESTAR | Quadro do João Montenegro. Esculturas de mulheres esculpidas em barro, compradas em feiras de arte popular. Escultura da noiva, de Andréia Andrade. Objetos de cerâmica São Francisco, da Nené Cavalcanti. Orixás de Filtro de Café da artista Noemia Gomez. Escultura de cerâmica da Mestra Nicinha Otília
Wesley Diego/Editora Globo
Na hora de compor a decoração, o objetivo era criar um espaço com personalidade, mas que também fosse atemporal e acolhedor.
“Trabalhamos com uma base de tons neutros combinados ao amadeirado natural e a texturas contemporâneas, o que trouxe equilíbrio entre elegância, conforto e leveza. A ideia era que o ambiente transmitisse calma, mas com identidade. Um refúgio visual que atravessa tendências sem perder a sofisticação”, afirma Tamiris.
A decoração também tem itens carregados de brasilidade, muitos deles representando o artesanato nacional e revelando uma curadoria afetiva, que valoriza as raízes culturais. Esses elementos não apenas complementam a estética do projeto, mas também reforçam a personalidade e a essência dos moradores.
SALA | O espaço repleto de memórias afetivas e itens de apego decoram a sala da moradora. Esculturas de cerâmica, “Boneca” e “Boiadeiro”, da artista Maurina Pereira. Noiva, também de cerâmica, da artista Alice Ribeiro. Quadro “Batik”, comprado em Moçambique, de artista desconhecido. Embaixo da mesa, o “Boi Bumbá” de cerâmica, da artista Irailda Capela. Nossa Senhora de cerâmica do artista Joaquim de Tracunhaém. Fotografia ao lado das esculturas tirada por Valéria Almeida, série UTOMI – Moçambique, 2014
Wesley Diego/Editora Globo
Cada peça do seu lar traz significado e história. Alguns quadros são de artistas que admira, outras esculturas foram trazidas de viagens ou presentes afetivos. Há fotografias tiradas pela própria moradora, em Moçambique, que também trazem autenticidade aos espaços. Valéria, que já trabalhou como fotógrafa, hoje leva a prática como um hobby, principalmente durante as suas viagens.
“A nossa decoração foi pensada de uma forma que tivesse muito do afeto que move a nossa vida. Então são elementos que tem a ver com as nossas viagens, com as nossas famílias, são objetos que tem valor afetivo e muitos itens foram sendo trazidos aos poucos”, complementa Valéria.
Em especial, uma pequena máquina de escrever, que era da sua mãe, está guardada há mais de 20 anos e hoje também se tornou parte da casa.
SALA | Obra de Cerâmica “Pedidora de Abraços”, de Yran Palmeira e Emeton Kroll do ateliê Armoriarte. Ao fundo, máquina de escrever Olivetti Lettera 32, que era da mãe de Valéria
Wesley Diego/Editora Globo | Projeto da arquiteta Tamiris Iglesias
A jornalista, que adora contar histórias, considera que o seu lar retrata a melhor delas: a sua própria. Cada canto representa um pouco da personalidade autêntica de Valéria Almeida.
RETRATO | Valéria Almeida na frente do seu “canto do apego” com diversas peças repletas de significados afetivos. Esculturas de cerâmica, Boneca e Boiadeiro, da artista Maurina Pereira. Noiva, também de cerâmica, da artista Alice Ribeiro. Quadro Batik, comprado em Moçambique, de artista desconhecido. Embaixo da mesa, o Boi Bumba de cerâmica, da artista Irailda Capela. Nossa Senhora de cerâmica do artista Joaquim de Tracunhaém. Fotografia ao lado das esculturas tirada por Valéria Almeida, série UTOMI – Moçambique, 2014
Wesley Diego/Editora Globo
“Algo que me deixa feliz é quando as pessoas entram aqui, que me conhecem bem, sempre falam: ‘Nossa, essa casa é sua cara’. Eu acho que eu tenho essa energia de vida, mais solar e, ao mesmo tempo, acolhedora. Essa é uma casa que é para você entrar e querer ficar”, finaliza ela.