Viagens x Instagram: 8 lugares para ir enquanto todos tiram fotos

Não é preciso ser muito esperto para perceber: a aliança entre viagens e Instagram é como um tsunami que sacode o tecido urbano, com dezenas de pessoas concentradas num mesmo local para tirar a foto obrigatória. As fotos analógicas dos anos 90 na Torre Eiffel nunca mudaram realmente, apenas se transformaram em “pontos de interesse” a serem eternizados nas redes sociais por meio de drones, smartphones e filtros.
No entanto, há alternativas e a possibilidade de se desviar para outros lugares e se misturar ao ambiente local e escapar das multidões (e, quem sabe, capturar fotos mais autênticas que podem ser guardadas na memória — em vez de compartilhadas).
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1. Nova York: Red Hook
Red Hook
Getty Images
Faixas do Bad Bunny de cueca, pirâmides de confeitos M&Ms, luzes de neon da Broadway, táxis e turistas esperando ansiosamente que alguém desça do banco certo para tirar a foto perfeita na Times Square, em Nova York. Mas, basta pegar o metrô e fugir para o Brooklyn para se maravilhar com recantos quase intocados pelo turismo. Um deles é Red Hook, um antigo bairro de pescadores repleto de armazéns com portas azuis e telhados inchados pelo canto das gaivotas, onde, em dias claros, a Estátua da Liberdade oferece novas perspectivas.
2. Havana também tem uma floresta
El Bosque de La Habana
Getty Images
Os adolescentes de Havana conhecem um lugar onde vão tirar fotos todos os dias enquanto os turistas tomam mojitos e se rendem ao tarô na Velha Havana. Como se Tim Burton tivesse nascido no Caribe, El Bosque de La Habana é um pulmão verde que te envolve depois de cruzar a ponte sobre o rio Almendares, além de um espaço de lazer para muitas famílias locais, a apenas 3 km da área mais popular da capital cubana.
3. Vietnã: Baía de Lan Ha
Baía de Lan Ha
Shourav Chowdhury/Pexels
Diz a lenda que um exército de dragões ajudou o Vietnã a se defender da invasão chinesa lançando chamas de cor jade que formaram uma barreira no Mar da China. Com o tempo, essa muralha se dissolveu, dando origem aos milhares de rochedos que hoje compõem a Baía de Halong, o local mais turístico (e, claro, também belo) do Vietnã, declarado Patrimônio Mundial pela Unesco. Um mar de embarcações que pode ser evitado ao visitar a Baía de Lan Ha, irmã menos famosa de Halong, onde a vida pulsa entre vilarejos remotos sustentados por palafitas e montanhas de um verde exuberante.
4. Marrocos: Uezán
Uezán
Getty Images
Chefchaouen é considerado o vilarejo mais azul do mundo, uma joia cromática nas montanhas do Rif, onde filas de curiosos se amontoam nos cantinhos cheios de azul-anil, vasos e portais arqueados. No entanto, a 69 km da vila azul, encontramos Uezán, uma vila que tende mais ao verde, tão característico de sua pequena Medina. Lá, a maioria das construções está pintada dessa cor por motivos não oficiais: para alguns, simboliza o sufismo, do qual Uezán é um centro importante; para outros, relaciona-se à espiritualidade do Alcorão e aos mares de oliveiras ao redor do povoado. Seja como for, trata-se de um oásis ideal para se perder em busca de postais mais autênticos e igualmente coloridos.
5. Camboja: Montes Cardamomo
Montes Cardamomo
Reprodução Condé Nast Traveler Espanha
O Camboja é um daqueles países asiáticos onde um único complexo, Angkor Wat, ofusca as muitas possibilidades de explorar paraísos mais remotos e tranquilos. Um desses lugares é a Cordilheira Cardamomo, um refúgio que abriga uma das florestas mais virgens da Ásia e o pico mais alto do país: o monte Aural. Um labirinto de manguezais, acomodações simples, histórias da etnia Chhong flutuando no ar e templos budistas cercados por centenas de videiras.
6. Tailândia: Koh Kood
Koh Kood
Getty Images
Enquanto a ilha de Koh Samui fica lotada mesmo na baixa temporada — devido à demanda dos fãs de The White Lotus, cuja terceira temporada foi filmada no Four Seasons Koh Samui, no Golfo da Tailândia — muitos já sugerem ir para outras ilhas próximas igualmente paradisíacas. Uma delas é Koh Kood, que faz parte do arquipélago homônimo na província de Trat, quase na fronteira com o Camboja. Um paraíso digno dos anos 70, onde se pode desfrutar do encanto azul que todos procuram, entre mares de palmeiras, charme local e até a possibilidade de fazer um passeio até a ilha de Koh Rong, já no território cambojano.
7. Itália: Sestri Levante
Sestri Levante
Getty Images
Ao pensar na costa da Ligúria, na Itália, você imediatamente pensa em Monterosso, Vernazza, Corniglia, Manarola e Riomaggiore, as cidades que compõem a famosa Cinque Terre. Um dos lugares mais bonitos, mas também mais lotados. No entanto, esse litoral também abriga recantos menos tumultuados, como Sestri Levante. A 40 km ao sul da cidade de Gênova, esse povoado se estende ao longo de uma faixa de terra que divide a comuna em duas baías: a Baía do Silêncio, mais autêntica e náutica; e a Baía das Fábulas, mais turística e voltada ao lazer.
8. Grécia: Amorgos
Amorgos
Getty Images
O verão chega e, com ele, o desejo universal de se perder nas ruelas caiadas de branco de um vilarejo grego. É claro que, se estivermos falando de Santorini ou Mykonos, prepare-se para disputar espaço para garantir a melhor foto do pôr do sol. Mas por que não ir para Amorgos? A ilha mais oriental das Cíclades evoca o charme de um Mediterrâneo calmo e sereno, com uma paisagem pontilhada por cúpulas azuis, ruínas arqueológicas e ícones como o Mosteiro de Hozoviotissa, cravado no próprio penhasco.
*Matéria publicada originalmente na Condé Nast Traveler Espanha.
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